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2023 tem cenário positivo para a indústria de alimentos

indústria de alimentos do Brasil alcançou faturamento de R$ 1,075 trilhão em 2022 – 16,6% a mais do que 2021. No maior mercado do setor, o interno, as vendas chegaram a R$ 770,9 bilhões, equivalente a 14,3% a mais em termos nominais (não deflacionados) que no ano anterior. Já as vendas reais totais (descontada a inflação), considerando mercado interno e exportações, expandiram 3,7%, e a produção física teve um incremento de 2,5%, mostra o balanço econômico anual do setor, elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Apesar de o cenário atual da economia brasileira apontar para uma desaceleração do crescimento do PIB, que converge atualmente para o intervalo de 0,8% a 1%, das pressões nos custos de produção ainda presentes e das incertezas em relação à economia mundial, as perspectivas para a indústria de alimentos em 2023 permanecem positivas.

O relatório revela ainda a expansão na exportação. As vendas para fora aumentaram 30% em valor, com faturamento de R$ 304,4 bilhões. Outro destaque foi para a geração de novos postos de trabalho no setor, onde 58 mil novos postos foram criados, uma expansão de 3,4% que elevou a um total de 1,8 milhão de trabalhadores. 

Setor ultrapassa o trilhão em faturamento

“É a primeira vez que ultrapassamos o trilhão em faturamento, e isso mostra um cenário superpositivo porque 72% desse valor vem do abastecimento do mercado interno e apenas 28% são oriundos de exportação. A indústria brasileira de alimentos tem mostrado, cada vez mais, que não somos apenas o celeiro do mundo, mas somos o supermercado também, contribuindo para a segurança alimentar global. Além disso, promovemos o desenvolvimento econômico do interior do país e absorvemos 1,8 milhão de trabalhadores em empregos formais, possibilitando que tenham mais qualidade de vida”, afirma o presidente do Conselho Diretor da ABIA, Gustavo Bastos.

Ele complementa que, apesar de contingenciada pela aceleração da inflação em 2022, a expansão das vendas da indústria de alimentos para o varejo alimentar brasileiro apresentou alta de 1,7% em termos reais. O destaque ficou por conta do food service (serviços de alimentação fora do lar), que seguiu em trajetória de retomada das atividades.

Exportações

O Brasil permanece no posto de segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo: foram 64,8 milhões de toneladas vendidas para 190 países, com destaque para proteínas animais, açúcares, farelos, óleos e gorduras. Ainda assim, as vendas para o exterior equivalem a apenas 28% do faturamento total da indústria, ao passo que o mercado interno representa 72%: no varejo alimentar, R$ 563,7 bilhões, e no food service (alimentação fora do lar), R$ 208 bilhões.

“Ao longo de 2022, o crescimento da economia mundial, apesar da desaceleração no ritmo observado em 2021, continuou estimulando o consumo de alimentos, fator que, combinado com a taxa de câmbio favorável (R$/US$), contribuiu para a expansão das exportações brasileiras de alimentos industrializados”, explica o presidente executivo da associação, João Dornellas. Com informações da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

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